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envio 1
nas insônias infinitas das várias noites
de Valéria Bonafé para Lílian Campesato, enviado em 8 de maio de 2020
nota da autora
Uma faixa de áudio realizada em duas etapas. Primeiro, um trabalho de montagem entre fragmentos de uma fala da psicanalista brasileira Maria Homem sobre racionalização, desejo, gozo e angústia, e trechos da canção Valerie, gravada por Amy Winehouse no álbum Back to Black. Em seguida, sobre essa faixa de áudio, algumas gravações da minha própria voz ampliando a espessura sonoro-semântica de alguns pontos, adicionando mais uma (ou algumas) camada(s) de escuta. Esse processo implicou num exercício repetitivo de escuta e imitação que me capturou por longas madrugadas.
envio 2
a mesma cena sempre
de Lílian Campesato para Valéria Bonafé, enviado em 20 de maio de 2020
em resposta a nas insônias infinitas das várias noites, recebido de Valéria Bonafé em 8 de maio de 2020
nota da autora
Vídeo que combina: (1) fragmentos sobrepostos de duas performances da coreografia de Pina Bausch para a Sagração da Primavera de Igor Stravinsky; (2) uma trilha de áudio realizada a partir de um processo despretensioso de imitação e ‘dublagem’ vocal da música original usando respirações e sons guturais. A ‘mesma cena’ sempre repetida é o mote fundamental do trabalho. Esse processo criativo foi disparado pela reiteração e repetição presente em duas instâncias: tanto nas palavras e sons reforçados em nas insônias infinitas das várias noites de Valéria Bonafé, quanto na reiteração da memória da minha própria experiência de escuta dos trabalhos de Stravinsky e Pina Bausch.
a mesma cena sempre